Rafael dirigiu a noite quase toda em direção ao interior, com Ana Cláudia ao seu lado sentindo dores e exibindo marcas de agressão.
— Ele te bateu, não foi? — Rafael questionou, preocupado com a condição de Ana.
Ela confirmou:
— Sim, mas por favor, acelera um pouco mais. Sinto que se eu não chegar a um hospital, vou morrer de tanta dor.
Rafael tentou acalmar a mulher:
— Você não vai morrer, Ana, aguenta firme!
Ele pisou mais fundo no acelerador, e finalmente chegaram a uma pequena cidade próxima à fazenda de Carlos. Pararam em um hospital local, o único da região. Ana teve que esperar por horas sentindo dor até ser atendida.
Finalmente, foram chamados.
— Entrem!
Ana foi levada a uma sala e atendida por uma médica que parecia desinteressada.
— Você está com quantos meses de gestação? Trouxe seus exames e os registros dos acompanhamentos pré-natais? — A médica perguntou, mostrando pouca empatia.
Ana, entre gemidos de dor, respondeu:
— Não, doutora, eu nunca fiz nenhuma consulta, a não s