Um riso ecoa pela multidão.
Elana sente o rosto esquentar, o coração disparando no peito. Cada palavra de Sophie a atinge como um golpe.
O olhar de Gabriel se estreita, e ele parece prestes a dizer algo, mas antes que qualquer um possa reagir, Elana se vira e sai da quadra.
As lágrimas já escorrem pelo seu rosto quando ela empurra as portas duplas e sai, sem olhar para trás.
[...]
O barulho das teclas do notebook preenchia o silêncio da casa, misturando-se com a respiração acelerada de Elana.
Ela havia chegado em casa ainda tremendo, o rosto manchado de lágrimas. Mas, em vez de se afundar na humilhação, pegou seu computador e começou a escrever.
As palavras saíam furiosas, urgentes, como se cada letra fosse uma válvula de escape para tudo o que estava preso dentro dela.
A protagonista da sua história não fugia. Não se encolhia. Ela se levantava e respondia à altura.
Elana olha para o sofá, onde o paletó de Gabriel está jogado, e suspira profundamente. Ela apoiou as costas no