Entrei no saguão do hotel, o aroma de cera de chão e flores frescas invadindo meus sentidos, misturado ao leve toque de café vindo do restaurante ao fundo. O lustre de cristal pendia do teto alto, lançando reflexos dourados sobre o mármore polido, enquanto o murmúrio dos hóspedes ecoava, abafado pelo som de uma fonte ornamental.
Meu lobo estava alerta, farejando o ar, captando o rastro inconfundível de Lian — um cheiro de pinho e terra, com traços do poder bruto de Damian e, mais intrigante, o mesmo aroma feral do Rei Alfa anterior, o pai de Ayla.
Meu lobo rugiu, excitado com a caçada, enquanto eu ajustava o paletó cinza, meus passos ecoando no chão. Caminhei em direção ao restaurante, os olhos varrendo o ambiente, até encontrá-lo: Lian, sentado em uma mesa afastada, comendo batatas fritas e colorindo um livro de desenhos, o cabelo preto bagunçado caindo sobre a testa.
— Pequeno artista, hein? — disse, forçando um sorriso caloroso, enquanto me aproximava, a voz suave contrastando co