O silêncio no quarto era sufocante, preenchido apenas pelo som do monitor de batimentos cardíacos ao meu lado. O ar estava denso, carregado com a tensão cortante que pairava entre mim e Damian. O monstro que destruiu minha família. O homem que me fez acreditar em algo que nunca foi real, que me fez criar esperanças e ter sonhos impossíveis mais uma vez.
Minhas mãos tremiam sobre o lençol, fechadas em punhos, meu coração batendo com uma intensidade esmagadora. Odiava aquela sensação, aqueles sentimentos e, acima de tudo, odiava o fato de que, mesmo em uma situação como aquela, meu corpo ainda reagia à sua presença. Mesmo quando meu coração estava destroçado e minha mente gritava para que eu o rejeitasse com cada fibra do meu ser, meu corpo e minha loba ainda o desejavam intensamente.
Damian me observava, seus olhos dourados estreitos, analisando com cuidado meu rosto e minhas reações. Seu corpo parecia tenso, com os braços cruzados sobre o peito largo, mas sua expressão era inabalável.