O silêncio na mansão não era somente ausência de som. Era uma presença por si só. Um peso invisível, uma tensão que pairava no ar desde que Damian começou a evitar estar sozinho comigo. Ele não precisava dizer nada. Seu afastamento falava por si.
No começo, era sutil. Ele passava menos tempo dentro de casa, sempre encontrando um motivo para sair. Mas agora… agora ele simplesmente não voltava mais.
Naquela noite, sentei-me no sofá da sala, de pernas cruzadas, os dedos apertando a borda da almofada. O relógio marcava quase duas da manhã, e a mansão permanecia vazia. Nenhum som de passos na escada, nenhum farol iluminando a entrada. Apenas a minha respiração e o vento cortante do lado de fora.
Ele não voltaria naquela noite também.
Senti algo escorrer quente pelo meu peito, uma mistura de frustração e… algo que eu não queria nomear. Eu sabia o que estava acontecendo. Ele estava fugindo. De mim. Da atração entre nós. Do que quer que estivesse crescendo entre nós.
Apertei os olhos fechados