O clima na mansão estava diferente. Eu sentia isso. Não era algo que pudesse ser explicado com palavras, mas uma sensação instintiva, uma inquietação que vibrava dentro de mim. Desde o beijo que compartilhamos, aquele momento de puro êxtase que Damian insistiu em chamar de erro, ele tentava a todo custo manter distância. Mas, ironicamente, estava mais presente do que nunca.
Eu o pegava me observando quando achava que eu não notaria. Sentia seu olhar queimando minha pele, estudando cada movimento meu com atenção quase obsessiva. A maneira como seus dedos se apertavam discretamente contra a lateral da coxa quando passava por mim no corredor. O ritmo da sua respiração mudando levemente quando nossos ombros se roçavam por acidente. Detalhes que qualquer pessoa normal ignoraria.
Mas eu não era normal.
Cada pequeno sinal dele vibrava dentro de mim como uma corrente elétrica. Meu corpo captava coisas que eu não conseguia explicar. O cheiro amadeirado dele ficava mais forte quando eu estava p