Meu lobo rugia, a fúria queimando como brasas em meu peito.
Eu atravessava a floresta de cinzas, o corpo ainda na forma Lycan, o pelo escuro grudado com sangue seco.
Cada passo ecoava na terra fria, o cheiro de pinheiros mortos misturando-se à dor pulsante dos ferimentos.
A derrota na clareira me consumia, a humilhação de fugir como um covarde diante de Ayla e Damian corroendo minha alma.
Morgana, aquela bruxa traiçoeira, havia me abandonado.
Cheguei ao esconderijo, uma caverna oculta onde o ar fedia a mofo e pedra úmida, as tochas nas paredes lançando sombras que pareciam rir da minha queda.
Meu lobo uivava, a raiva contra ela explodindo, o peso da traição mais pesado que qualquer ferida.
— Morgana! — rugi, a voz grave ecoando pelas paredes da caverna, enquanto irrompia na câmara central, onde a bruxa estava, de pé, o vestido negro ondulando como fumaça, os olhos púrpura brilhando com um brilho sobrenatural. O perfume de ervas incômodo enchia o ar, misturando-se ao cheiro de ce