O vento frio da floresta de cinzas cortava minha pele enquanto eu guiava Damian por uma trilha estreita, longe da clareira onde Morgana havia desaparecido com Magnus. O ar cheirava a pinheiros e terra úmida, o céu acima coberto por nuvens escuras que engoliam a luz da lua. Minha loba rugia, um fogo primal no peito, exigindo que eu revelasse a verdade, mas o peso das palavras que carregava fazia meu coração disparar.
A faca na minha cintura pesava, o metal frio contra minha pele, e o laço predestinado pulsava, um lembrete da conexão com Damian, que caminhava ao meu lado, sua jaqueta rasgada manchada de sangue seco, os olhos âmbar brilhando com uma intensidade que me fazia estremecer.
Levei-o a uma caverna escondida, o interior úmido exalando um odor de musgo e pedra, as paredes cobertas de líquen brilhando na luz fraca de uma lanterna que encontrei no chão. O som de gotas d’água ecoava, cada pingo amplificando a tensão no ar.
— Ayla, fale — Damian disse, a voz grave cortando o silênc