Louca.

Naomi sorri enquanto o velho tenta impedir sua morte, despreocupada com a dor. O último rosto antes de morrer é do velho abusador, lhe deixando com amargo no céu da boca.

O forte desejo de rever sua família renasce na mente junto de lágrimas de saudades.

" Se pudesse voltar ao tempo faria tudo para os salvar. " Este foi seu último pensamento.

Fechando os olhos a vida deixou seu corpo, de repente o chamado de sua mãe a faz abrir os olhos.

— Por quanto tempo pretende dormir? — A mãe fala brava.

— MÃE! — Pula da cama a abraçando. — Mãe é você?

— Quem mais seria? — Diz confusa.

A menina abraça a mãe com toda a saudades a flor da pele, derrama lágrimas de angústia do corpo sem vida há tombar no chão.

— Mãe! Mãe! — Sem conseguir pronunciar tudo apenas repete consecutivamente.

A mulher assusta com o terror no rosto da filha, agarrada em sua cintura chorando dolorosamente.

— Minha menina, o que deu em você? — Afaga sua cabeça.

— Mãe! — É tudo o que consegue dizer entre prantos.

O choro faz. com seus irmãos e o pai se preocupar entrando no quarto, onde ela fica ainda mais chorosa.

No chão a menina desmaia após ter ataque de Pânico. Seus pais ficam preocupados sem saber a causa de tantas lágrimas correndo em busca do médico.

Horas depois ela acorda chamando por seus pais que seguram suas mãos.

— Filha, conte o que houve. — O pai fala amoroso.

Ela procura os irmãos ainda com as mesmas sensações de quando os viu morrer.

— Alick! João! Theo! Victor! Paulo! — Grita desesperada.

Os irmãos aparecem quase caindo no chão de preocupação com os gritos sofridos da irmã. Ela olha para cada um lembrando das mortes cujo não pode deter, sentindo o mesmo desespero.

— EU OS AMOS! AMO TODOS VOCÊS! — Com as mãos juntas grita do fundo da garganta.

Recebendo o abraço carinhoso da família.

— Tola, sabemos disso! — O irmão mais velho lhe diz ( Alick)

— Teve pesadelo, bobinha. — O segundo irmão diz rindo ( João)

— Eu também a amo apesar de ser feia. — O terceiro diz desviando o olhar envergonhado.( Theo)

A mãe ainda preocupada com este surto estranho pede para todos sair do quarto. Assustada ela segura forte as pontas do dedos dos irmãos, recusando a soltar.

— NÃO VÃO! ESTOU TÃO SOZINHA! NÃO VÃO!

— Ficaremos do lado de fora do quarto, mãe precisa falar com você.

— Não!— Se exalta. — A última vez que soltaram minha mão vi todos morrerem!

A família se entre olham confusos.

— Foi apenas um pesadelo. — Voz gentil do pai.

— NÃO FOI UM PESADELO! FOI REAL! NÃO SABEM O QUANTO EU SOFRI! VOCÊS ME DEIXARAM SOZINHA!

Para acalmar todos ficam no quarto lhe vendo chorar sem parar, contando sobre um passado cujo ainda não ocorreu.

Só depois de soltar tudo da garganta percebeu a juventude de seu rosto. Ela levanta procurando algo para vê seu reflexo, confirmando o retrocesso.

— Impossível! — Toca o pescoço.

A lembrança da dor de rasgar ainda está bem vívida no corpo. O rosto do velho e, o ódio que sentiu ferver na mente.

— Impossível! — Confusa anda para trás.

Seus pais ficam preocupados tentando entender o que se passa com a filha amada.

— Filha se acalma, teve apenas um sonho ruim.

— NÃO FOI UM SONHO!

A mãe contorce o rosto em tristeza lhe fazendo parar.

— Desculpa mãe. — Corre para abraçar.

Todos se agarram em agonia abraçados na tentativa de espantar todos os medos da menina.

Naomi se acalma por receber o amor da família, confusa com tudo mas, preferindo acreditar em ser só um terrível pesadelo.

Seus pais lhe deixa descansar quando os tormentos da vida passada continua perturbar seu sonho.

Sem conseguir fechar os olhos, sai do quarto indo para fora respirar o ar do campo. As casas de seus amigos continuam de pé, tudo exatamente da forma de antes do ataque.

A grana verde, crianças correndo para todos os lados, as pessoas ocupadas perabulando de várias direções.

— Senhorita Naomi está linda. — Fala gentil a senhora que vende verduras.

— Bom dia, Jumenta! — A filha do dono das terras lhe diz com arrogância.

Quem diria que até dessas implicâncias sentiria falta? Sorri gentil para ela logo caindo lágrimas do rosto ao lembrar do terrível destino que teve.

A menina confusa não sabe reagir diante do choro pesado com todos as encarando.

Com medo de ser mal-entendida pega na mão dela levando para longe das vistas de todos.

— O que deu em você?

Naome seca as lágrimas abraçando seu próprio corpo.

— Tive um pesadelo terrível. — Diz baixo.

— Pesadelo? Que tipo de pesadelo?

— Do tipo que não desejo há ninguém.

— Fui eu que causei?

— Foi um demônio terrível.

— Deveria ir na igreja falar com o padre.

Ela lembrou-se do padre fugir levando todo o ouro da igreja deixando todos para morrer então, negou-se com a cabeça.

— Estranha. — A menina senta ao seu lado. — Conte-me seu pesadelo.

— Você não precisa fazer isso.

— Abre a boca logo.

Apertando o corpo se encolhendo, começa a contar tudo sobre o pesadelo, as mortes, a dura vida sofrida e, o final dela.

Chocada a menina treme de medo pelos detalhes ser bem realista.

— Se não foi um sonho! Morrerei dessa forma horrível?

— NÃO! ME RECUSO A PASSAR POR TUDO AQUILO DE NOVO!

— Deve contar para todos seu sonho! Tem que mudar nosso destino!

Naomi ao ouvir suas palavras resolveu levantar do chão para mudar todas as visões que teve.

Havia jurado que se pudesse voltar ao tempo definitivamente iria mudar o passado. Apoiada pela nobre senhorita filha do marquês das terras do sul, começa a contar seus sonhos na praça pública.

As pessoas a ignora, horrorizadas com a loucura da menina tão jovem. Seus pais tenta a persuadir a acreditar que tudo foi pesadelo.

— ACREDITEM EM MIM! LOGO ESTAREMOS MORTOS, SEUS FILHOS VÃO SE TORNAR ESCRAVOS, MULHERES SERÃO FORÇADAS À FRENTE DE SEUS MARIDOS!

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