Após ser aceita em uma renomada universidade localizada no norte do estado de Nova York, Rose Campbell, uma estudante de artes visuais inicia sua vida acadêmica. Junto com o mais novo grupo de amigos, que passa a ser sua família, ela está disposta a começar sua nova jornada como adulta e enfrentar todos os desafios que surgem em seu caminho. Quando Christian Davis, um misterioso estudante de Química entra de maneira inesperada em sua vida, Rose descobre uma nova fonte de inspiração para seus dias, e principalmente, que amor e ódio são separados por uma tênue linha.
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Meu olhar estava fixo na série de peças de xadrez apoiadas em um aparador ao lado do meu cavalete de desenho enquanto minha mão se movia instintivamente com o lápis sobre o papel.
Eu tentava comandar minha mão a replicar cada detalhe daquela cena, mesmo sabendo que quando finalmente olhasse para a folha ao fim do exercício de desenho cego, seria impossível reconhecer o pequeno peão.
— Com licença, senhorita… — a voz de Philip Black, nosso professor de desenho artístico fez com que eu desviasse minha atenção do peão.
Ele estava parado a alguns metros de distância, chamando atenção de uma outra garota.
— Ramirez, Susan Ramirez— Ela se apresentou.
— Senhorita Ramirez, o seu desenho está perfeito — ele elogiou.
— Obrigada — um sorriso brotou em seu rosto.
— Não é um elogio, qual foi a parte do exercício de desenho cego você não entendeu? — ele cruzou os braços, a encarando com uma carranca.
— O que? — ela balbuciou, voltando a olhar para sua folha.
— Eu pedi um desenho cego e não um desenho de observação, apaga e começa outra vez — ele murmurou, vindo em minha direção.
Eu voltei a desenhar, tentando não manter contato visual com o homem, mas isso não impediu que ele parasse ao meu lado, observando a folha.
— Isso sim é um desenho cego. Uma pena que parece estar sendo feito por uma lesma — ele murmurou — Você não terminou nem um peão, seus colegas já fizeram três vezes mais que você.
Aquele era nosso primeiro dia de aula, e o nosso professor de desenho artístico pensou que seria bom passar um pequeno exercício para nos avaliar melhor.
Eu engoli todas as respostas que surgiram em minha mente, tentando não arrumar confusão logo no primeiro dia.
— Sinto muito, Senhor Black. Eu só estava tentando…
— Então pare de tentar e faça — ele murmurou, não permitindo que eu concluísse meu pensamento.
Ele se afastou, fazendo com que eu respirasse fundo, já elegendo o professor que eu odiaria pelo restante de minha vida acadêmica.
Na verdade, eu me sentia exausta, ao contrário da maioria dos outros calouros que chegaram ao campus na última sexta, eu vim apenas no fim da tarde de ontem, já que estava "aproveitando" os últimos dias com meus pais em Rochester, uma cidade no norte do estado de New York.
Então eu sabia que no fim, eu teria que sair da aula e voltar para arrumar o meu lado do quarto, que ainda estava uma bagunça de malas e caixas.
Com um suspiro eu voltei a desenhar, dando uma breve olhada nos traços desconexos que representavam o peão que eu tentava ilustrar.
Algum tempo depois, eu estava caminhando pelos corredores do prédio de departamento artístico, onde eu tinha a maior parte de minhas aulas, quando meu celular vibrou.
"Me encontre no segundo refeitório, quero te apresentar algumas pessoas"
Minha colega de quarto mandou.
Ela era uma das que tiveram sorte de chegar ao campus com antecedência, então o seu lado do quarto estava perfeitamente organizado, contrastando com o caos que dominava o meu lado.
"Estou a caminho"
Eu respondi antes de guardar o celular. Caminhando de maneira despretensiosa pelos corredores agitados do prédio.
Alicia Waldorf era a típica garota que conquistava a todos com seu sorriso doce e modos gentis. Nós duas estudamos na mesma escola desde o primário, mas nunca fomos próximas, muito pelo contrário. Pelo menos, até descobrirmos que fomos aceitas pela mesma faculdade.
Aquilo acabou nos inspirando para ignorar nossas diferenças e tentar uma aproximação, assim, não estaríamos sozinhas nessa nova fase de nossas vidas.
Nós éramos completos opostos, Allie era considerada a garota mais popular do colégio, fazia parte de todas as equipes importantes, namorava o capitão do time e tinha um grupo de amigas inseparáveis.
Quanto a mim… não posso dizer que eu era a garota excluída e que não tinha amigos. Eu era rodeada de pessoas, e adorava festas. Creio que no fim, nós apenas pertencíamos a um núcleo social diferente que nos impossibilitava de sermos amigas.
Mas, deixamos todas aquelas diferenças em Rochester e assumimos que nos aproximar em Grayfox Mills, a pequena cidade no interior do estado de New York, onde ficava o campus da Dalton University, seria o mais acertado a se fazer.
Eu caminhei depressa e alguns minutos depois estava chegando ao lugar onde combinei de encontrá-la.
Não demorei a avistar os longos fios rubros de Allie em meio aos calouros que iam em direção ao refeitório, ela estava parada próximo a porta conversando com um rapaz de cabelos negros e olhos azuis.
Eu diminuí meus passos, estranhando aquela interação. Não que ele fosse algum esquisitão, ou algo assim, na verdade ele era bem bonito, muito bonito mesmo, mas era bem diferente dos caras que ela costumava namorar no High School.
Realmente era bem fácil ver a diferença entre os dois, enquanto Allie vestia um conjunto de saia xadrez e camisa branca perfeitamente alinhados, com um par de sapatos que certamente custaram mais do que qualquer peça que eu tenha no meu closet, ele vestia uma camiseta azul marinho, jeans de lavagem escura e carregava o que parecia ser uma jaqueta de couro, o que era estranho, já que o dia estava ensolarado.
Mas, aquilo estava longe de ser da minha conta, eu decidi entrar no refeitório e esperá-la lá dentro, mas Allie percebeu minha aproximação, se despedindo do rapaz.
— Hey, você chegou rápido — ela envolveu meu braço com entusiasmo.
— Se eu soubesse que você tinha companhia, teria demorado mais — eu a provoquei.
Eu olhei para trás e meu olhar cruzou com o do rapaz que nos observava enquanto nós nos afastavamos.
— Ahhh é o Chris. Ele vive na mesma moradia que a gente e me ajudou com as minhas caixas na sexta — ela explicou, acompanhando meu olhar, acenando para o rapaz — Já é a terceira vez que nós nos vemos e ele sempre pára para conversar.
Eu olhei para trás uma última vez, vendo o rapaz se afastar, antes de entrar no refeitório que já estava cheio.
— Você disse que queria me apresentar alguém e eu duvido que seja ele — eu comentei, entrando na fila de um dos quiosques espalhados pelo lugar que parecia uma praça de alimentação de shopping.
— É o meu primo, ele é veterano aqui e prometeu para meus pais que apresentaria tudo para nós — ela explicou.
Por um lado, ela tinha sorte de ter alguém para guiá-la, mas por outro, não sei se gostaria de ter alguém da minha família me controlando em todos os passos.
Não demorou até que estivéssemos carregando bandejas com nossas comidas entre as mesas lotadas.
Allie se acomodou em uma mesa onde um pequeno grupo estava, um dos rapazes, que tinha olhos esmeralda e um cabelo castanho cuidadosamente bagunçados soltou um suspiro assim que nos viu, demonstrando todo o seu descontentamento por ter que cuidar da prima caloura.
Ao seu lado, uma garota loira que parecia ter a nossa idade, nos observava com diversão. Seus traços eram delicados e seus olhos quase dourados lhe davam um charme quase único, ela colocou uma mecha de cabelos atrás da orelha, revelando um belo lírio vermelho tatuado ali.
— Achei que você tinha desistido do almoço, prima — ele ironizou antes de seu olhar se focar em mim, me oferecendo um sorriso galante — e você, é nossa nova amiga?
— Rosemarie Miller-Campbell, mas eu prefiro apenas Rose Campbell — eu tomei a dianteira, me apresentando ao rapaz.
A garota foi mais rápida em se apresentar, tirando o foco dele.
— Skyller Baker. É um prazer conhecê-la, Rose. Você também é uma caloura do pré med? — ela citou a futura formação de Allie.
— Medicina? De jeito nenhum eu detesto sangue. Eu sou caloura em Artes Visuais — eu expliquei.
— Theo Peterson. Estamos praticamente na mesma área, Rose. Sky e eu estamos no segundo ano de arquitetura — o outro rapaz sorriu.
Eu me senti bem em conhecer outras pessoas da minha área. No fundo, eu pensava que Allie tentaria me colocar com seu grupo de pré med, mas ao olhar para ela, soube que minha mais nova amiga é quem se sentia deslocada ali.
— Liam Van Der Waal. Estou no terceiro ano de Artes Visuais — ele estendeu a mão para mim, levando a minha até os lábios quando eu retribui o gesto.
— Por que eu não recebi uma recepção como essa? — Allie reclamou ao meu lado.
— Porque nós já nos conhecemos, e apesar de ser uma garota bonita, eu acho que seria muito inadequado flertar com uma prima que eu já troquei as fraldas — Ele garantiu.
Eu olhei para Allie, achando graça da interação dos dois.
— Eu não quero que você flerte comigo, que nojo, e você nunca trocou minhas fraldas, é apenas três anos mais velho que eu.
— Bom, eu estive presente enquanto trocavam, então é a mesma coisa — ele garantiu
Eu decidi intervir naquele embate enquanto os outros dois membros do grupo os observavam com diversão.
— Espera, isso é você flertando comigo?
Aquele comentário fez Theo gargalhar enquanto Liam me dava mais um de seus sorrisos preguiçosos, mantendo o cenho franzido.
— Se você ficou com dúvidas sobre isso, eu preciso me esforçar mais — ele zombou, fazendo Skyller revirar os olhos ao seu lado.
— Ai Liam, apenas deixe-a em paz — ela suspirou.
Um sorriso surgiu em meus lábios enquanto eu encarava o rapaz, eu sabia muito bem lidar com aquele tipo, e sabia que ele não me daria paz se eu não entrasse em seu jogo.
— E qual é a sua proposta, Liam Van Der Waal? — eu o encarei.
Allie arregalou os olhos diante de minha frase, enquanto Liam continuou olhando em meus olhos, não se importando com a presença dos outros.
— Eu te ofereço o melhor sexo casual da sua vida, e se você for tão boa quanto eu imagino que seja, nós podemos repetir — ele piscou um olho para mim.
— Liam! — Allie exclamou horrorizada.
— Cara essa foi a coisa mais idiota que eu já ouvi, Rose, não ligue.. — Theo murmurou, parecendo incomodado com os modos do amigo.
Mas eu não permiti que ele terminasse sua frase.
— Em primeiro lugar, eu sou muito melhor do que a sua imaginação pode alcançar, só não tenho certeza se você pode entregar o que promete — eu não desviei o olhar dele enquanto falava.
Seu sorriso apenas se alargou com minha resposta, me incentivando a continuar.
— E em segundo lugar?
— A sua oferta é realmente irrecusável, mas eu terei que recusar. Talvez você tenha sorte quando eu estiver bêbada, ou extremamente desesperada — eu pisquei para ele, fazendo o rapaz gargalhar.
— Sinto muito te decepcionar, mas eu não sou o tipo de cara que se envolve com garotas bêbadas, e em todo caso vou te passar meu número de telefone e o do meu quarto — Ele pegou um guardanapo, rabiscando algo nele antes de me estender — se um dia você estiver entediada sem nada para assistir na TV, ou deprimida depois de levar um fora…
Não pude evitar rir enquanto aceitava o guardanapo. Eu poderia me ofender com sua maneira direta, mas algo em sua sinceridade acabou me divertindo.
— Depois de levar um fora? — eu ergui ambas as sobrancelhas, tentando me fazer de ofendida.
— Acontece até mesmo com as mais bonitas, e saiba que eu sou especialista no assunto, sou uma ótima fonte de consolo — ele piscou para mim.
Eu guardei o guardanapo no bolso da calça jeans que eu vestia, ainda rindo do jeito direto e incomum do rapaz, mas ao me virar, Allie estava me encarando com ambas as sobrancelhas erguidas em uma expressão questionadora.
— O que foi? Foi uma proposta válida — eu dei de ombros, colocando uma batata frita na boca.
— Mesmo? Porque eu posso te passar meu número, eu também sou uma ótima fonte de consolo — Theo me encarou.
— Sinto muito, ele chegou primeiro — eu fiz um beicinho, recebendo uma risada em troca.
Allie parecia incomodada com a interação, mas antes que pudesse esboçar alguma reação, Skyller se levantou.
— Não se incomode com isso, você vai se acostumar com esse tipo de coisa acontecendo quando se está perto dele — ela avisou Allie, apontando para Liam — eu preciso ir, tenho que passar na biblioteca. Rose, nós almoçamos aqui todos os dias esse horário, e nos encontramos às sete no refeitório principal para o jantar.
— Obrigada — eu franzi o cenho ao notar o prato de batatas fritas quase intocado que ela deixou para trás sem a menor cerimônia.
Ela deu um pequeno tapinha no ombro de Theo antes de bagunçar os cabelos de Liam, que inclinou a cabeça para trás, a observando se afastar.
— Eu te levo um café mais tarde, Baker — ele avisou para a garota que apenas acenou discretamente em resposta.
Liam ficou com os olhos grudados nela por alguns segundos antes de retornar sua atenção para nós, fazendo com que eu suspeitasse que talvez seu coração já estivesse comprometido.
— Onde estávamos?
— Você devia falar com ela de uma vez — Theo murmurou, confirmando minhas suspeitas.
— Então, prima… quais são os seus planos? Já se instalou bem em seu quarto? — ele ignorou a provocação do amigo, dedicando sua atenção à prima pela primeira vez desde que chegamos.
Allie finalmente parece ter relaxado, decidindo se abrir com o primo sobre todo o progresso feito em tão pouco tempo, um grande contraste com a bagunça que ainda estava todas as minhas coisas em minha nova vida acadêmica, mas eu sabia que conseguiria arrumar tudo com calma, não precisaria me desesperar.
Pelo menos era o que eu esperava.
Christian— Você ouviu o discurso do Liam? — Rose perguntou.Virei minha cabeça para o lado para observá-la, ela estava sentada no chão ao lado da cama, vestindo apenas a minha boxer enquanto fazia um desenho em um bloco. Ninguém tinha voltado para casa ainda e nós estávamos aproveitando o silêncio.Eu me sentia exausto depois de tudo o que tinha acontecido nos últimos dias, não podia acreditar que aquele pesadelo finalmente tinha chegado ao fim. Depois de chegar em casa e tomar um banho demorado com a Rose, a única coisa que consegui fazer foi me deitar e ficar olhando para o teto do meu quarto, imaginando como tudo aconteceria dali pra frente.— Teria como não ouvir? — eu ironizei.— Você acha que ele falou sério sobre a visão dele de futuro? — ela virou o rosto para me observar.— Eu não sei, talvez. Mas…Eu me calei, pensando no que exatamente eu iria falar. Porque cada vez mais todo o cenário que ele descreveu ganhava vida em minha mente, e a cada segundo eu o considerava mais ag
Christian Eu me sentei, pegando a garrafa de cerveja da minha irmã, tomando um gole antes que ela pegasse a garrafa da minha mão, acertando um tapa na minha cabeça. — O seu sogro garantiu que vai vencer o Bobby e o Otto na sinuca, eles nunca perderam no bar — Meu pai apontou para a mesa onde Rose e Jack se preparavam para começar o jogo. — Meu sogro é… um pouco competitivo. Rose puxou isso dele — eu comentei. — Um pouco? Isso é piada né. da última vez os dois acabaram em uma corrida na neve só para desempatar uma série de jogos de tabuleiro — Cam revirou os olhos. — Corrida na neve? — Minha mãe ergueu ambas as sobrancelhas. — Enquanto tiravam as roupas — Theo completou. — Tiravam as roupas? — Amber engasgou ao meu lado. — Tinha uma série de jogos de acertar ao alvo no meio do percurso, cada vez que erravam tinham que tirar uma peça. No fim da corrida ele estava apenas de bermuda e botas e ela de top de ginástica, short e botas — eu expliquei, pegando a garrafa de cervej
ChristianParei a moto em uma vaga na frente do bar onde Rose encontrou Josh no início do ano. Eu franzi o cenho, ao ver todos descerem das motos ali. Aquele lugar não estava entre os meus preferidos e Rose devia saber disso, já que não tínhamos voltado ali desde que tudo aconteceu.Ela desceu antes de mim, tirando o capacete, passando os dedos no cabelo para ajustá-lo se colocando ao meu lado ao notar minha hesitação em descer da moto.— Vamos, já está na hora da gente dar uma segunda chance a esse lugar — ela piscou para mim — vamos aproveitar como deveríamos ter feito aquele dia. Aquilo foi o suficiente para me convencer, eu tirei o capacete, descendo da moto. Dali podíamos ouvir uma banda tocando um cover de aerosmith. Todos começaram a entrar no local, não se importando em me esperar. Eu respirei fundo, passando o braço pelo ombro de Rose, começando a seguir em direção à entrada do lugar. Tanto Rose quanto eu acabamos com as costas da mão carimbadas indicando que éramos menores
ChristianEstava deitado na cama, observando a luz do pôr do sol que entrava pela pequena janela no corredor de frente para a cela que eu ocupava. A minha cela era a única ocupada na delegacia, e aquilo não era uma surpresa. Em uma cidade tão pacata quanto Grayfox Mills, era difícil ter algum movimento na delegacia durante a semana, quando todos os universitários estavam ocupados com suas aulas.Tudo o que eu gostaria. Me ocupar com minhas aulas sem ter que lidar com nenhum babaca que resolveu brincar com a minha garota! Mas aquele babaca tornou isso impossível.Eu já estava ali há mais de vinte e quatro horas, e tinha sido tempo suficiente para acalmar minha mente, pelo menos no que se diz respeito ao Jax. Mas, apesar de ter tirado alguns cochilos durante o dia, eu não conseguia parar de imaginar como Rose estava, a expressão de seu rosto enquanto eu era algemado não saia de minha mente, e eu apenas queria a oportunidade de falar com minha namorada e garantir que ela estava bem.Minh
Rose Meu olhar percorreu aquele cenario infernal sem saber o que fazer. Tudo se desenvolveu em camera lenta à minha frente. Em um lado, Jax estava caído, gemendo de dor em uma poça do proprio sangue, sendo amparado por um garçom. Seus amigos estavam do outro lado, mantendo certa distancia com uma expressão que variava da surpresa ao medo, mantendo a maior distancia possível de Christian, que estava ao meu lado com ambas as mãos erguidas em um sinal de rendição depois de entregar as chaves da moto para Theo. A calçada do lado de fora estava começando a encher também, varias pessoas se aglomeravam perto da vidraça vendo o que estava acontecendo, algumas tirando fotos ou filmando com o celular enquanto os policiais se aproximavam de nós. — Pai, faz alguma coisa — Eu implorei por uma solução magica, uma que impedisse que meu namorado fosse levado por aqueles homens — Chris… Eu tentei abaixar uma das suas mãos para puxá-lo para mim, mas ele se manteve firme, olhando para o outro lado e
Christian— Chris, você ouviu o reitor, ele provavelmente será expulso… CHRIS! — Rose ergueu a voz quando eu me levantei, seguindo em direção à saida.— Qual o problema dele? — Que droga, Christian, volta aqui! — ouvi Rose chamar antes de entrar no elevador que estava parado no andar, não esperando que ela chegasse para apertar o botão para fechar as portas.Eu chequei o horario em meu relogio, ótimo, está bem no horario de almoço, eu vou encontrar esse bastardo e acabar com ele onde ele estiver. Decidindo não perder tempo, subi na moto, dirigindo dentro do campus, indo em direção ao refeitorio principal. Parei a Harley de qualquer jeito na entrada do refeitorio, ignorando os olhares que estava atraindo, eu abri a porta sem cuidado algum, olhando em volta em busca do meu alvo. Mas para meu descontentamento, o filho da puta não estava em lugar algum.— Chris, o que você está fazendo aqui? — Ouvi a voz de Sky se aproximando.Eu me virei em direção à sua voz, encontrando ela ao lado de
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