Meus dias têm sido uma corrida sem fim. Missões, negócios, reuniões. A cada noite sinto que carrego o peso de um império nos ombros. Naquele dia, eu fiscalizava o transporte de armas que seguiria para o Brasil.
— Está tudo certo, chefe? — perguntou Lorenzo.
— Está sim. Pode mandar embarcar.
Foi então que Alex, meu irmão, apareceu com aquele sorriso debochado que sempre me tirava do sério.
— Ainda aqui, irmão? Já são oito da noite. Nem parece que tem uma esposinha jovem te esperando em casa...
Respirei fundo.
— Não começa, Alex. Minha paciência hoje está no limite.
Mas ele insistiu.
— É o que os outros comentam. Você casado com uma jovem fogosa e trabalhando até anoitecer...
— Cuide da sua vida. Da minha cuido eu.
— Vai me dizer que ainda está apaixonadinho pela bailarina?
O sangue ferveu. O soco saiu antes que eu pudesse conter. Ele caiu, e eu avancei, mas Lorenzo e Dimitri me seguraram. Me arrastaram dali até um bar.
Sentado, virei um copo de whisky de uma vez. D