Esse cara tem um talento especial para se meter onde não é chamado...
Ao entrar, olhei ao redor e senti um aperto no peito. Tudo ali exalava a presença de Alejandro: os livros alinhados na estante, o cheiro amadeirado que parecia impregnado no ar. Suspirei, tentando afastar a melancolia, e comecei a tirar o casaco.
Carlos se aproximou, envolvendo-me em um abraço por trás.
— Vamos tomar um banho — sussurrou ele, beijando meu ombro.
Fui com ele até o banheiro espaçoso, onde a água quente começou a escorrer pelo box, criando uma névoa que preenchia o ambiente. O banho foi um momento de alívio temporário, de conexão em meio ao caos. Carlos lavou meus cabelos com cuidado, enquanto eu descansava a cabeça em seu peito. Não trocamos muitas palavras, mas não precisávamos. A proximidade falava por si.
Após nos vestirmos novamente, saímos da mansão e voltamos ao hospital. O caminho de volta foi silencioso, mas não desconfortável. Ambos estávamos mentalmente focados na situação. Quando chegamos, os cinco seguranças estavam posicionados na entrada do andar reservado