Fernanda
— O quê? Não, Matias! Claro que não! Depois que terminamos, aliás, depois que o Mateus terminou comigo, não nos falamos mais até eu...
— Até você querer virar marmita de b@ndido, mas confesso que você me surpreendeu, Fernanda, sempre foi toda certinha.
— Eu não sou marmita de ninguém, nós somos uma família.
Ele gargalhou alto ao ouvir e saiu andando pelo cômodo com as duas mãos na cintura.
— Família? Aquilo lá é uma quadrilha, todos vocês! Família era meu irmão e eu, que vocês destruíram e eu não tive nem a chance de enterrar ele. Você sabe o que é isso, Fernanda? Não, é claro que não sabe...
— Matias, eu não sei o que aconteceu com o Mateus, mas o que eu posso te afirmar é que nunca vi ele na na VK, eu morei uns meses lá e...
Então veio na minha lembrança o cara que eu vi na noite do baile da VK, era ele, era o Mateus, por isso me olhou daquele jeito, agora eu tenho certeza. Mas como eu nunca vi ele durante os meses que vivi lá?
— É claro que você não viu, ele foi morto assim