Carioca
Eu saí da endola feito um doido com a moto, indo pra minha casa. Mas na metade do caminho, vi o carro da Fernanda descendo e quem dirigia era minha mãe. Eu nem sabia que ela vinha pra Penha hoje.
Dei uma freada brusca com a moto, levantando poeira do chão e fui até elas que frearam também.
Fernanda estava no banco do passageiro visivelmente sentindo dor.
Dei um beijo rápido nela, pela janela do carro.
— Vai dar tudo certo, amor! Fica calma, tá? — falei, mas na real ela tava calma, eu é que não tava.
Fernanda só gesticulava a cabeça positivamente, concordando e abrindo um meio sorriso.
— Eu queria te acompanhar, morena, você sabe que eu queria, mas não posso!
— Ela sabe disso, Felipe, agora deixa a gente ir porque a sua filha está nascendo!— Minha mãe me deu um esporro.
Eu queria muito estar segurando a mão da Fernanda quando a Antonela nascer, mas por conta de todos os meus crimes e tudo mais que sou envolvido, não posso ir pra pista. Mas um exército de soldad