Leco
Que porrä o Cristiano pensa que tá fazendo?
Meu sangue ferve instantaneamente. A Lauane não é a minha fiel, mas tá comigo, e o cara que eu conheço desde que me entendo por gente tá com uma pistola apontada pra cabeça dela. Meu primeiro impulso é erguer minha arma também, sem nem pensar. A batida do funk some dos meus ouvidos, abafada pelo latejar da minha raiva. Cristiano não está muito diferente, a fúria domina seu olhar fixo em Lauane.
— Opa! Vamos manter a ordem aqui! Baixem essas armas, não quero sangue na minha quadra! Principalmente sangue dos meus. — LC intervém, se colocando no meio, entre Cristiano e eu, mas nenhum de nós baixa nada.
— Qual foi? Tão surdos? — LC grita com sua voz autoritária, que impõe respeito. É raro ver ele assim, só em casos extremos.
Sinto um peso no peito, mas abaixo minha arma devagar, os dedos ainda tensos no gatilho. Já o Cristiano não. Ele continua com a pistola erguida, firme, apontada pra Lauane, que tá dura igual estátua do meu lado, mor