Antonela
Olho para a porta do meu quarto e vejo ali aquela figura elegante, impecavelmente cuidada e linda como sempre, dando uma leve batidinha na porta.
Eu me levanto, correndo em direção a ela. Minha mãe estava ali, e nós nos abraçamos de um jeito muito terno, enquanto ela afagava minhas costas e meu cabelo. Eu queria poder me fundir naquele corpo que sempre foi meu porto seguro.
Só de sentir o cheiro tão familiar dela, já me trouxe paz, e receber outra vez todo esse amor que ela sempre me deu foi a melhor coisa que eu poderia ter naquele momento. Que saudade gigante eu estava dela.
— Meu amor… — sussurrou, sua voz embargada, e aquilo só me fez chorar mais.
Eu queria dizer tanta coisa. Queria contar o quanto estava doendo, o quanto me sentia perdida e cansada, mas tudo o que consegui fazer foi me agarrar a ela e sentir seu calor. Ela me apertava contra si, como se tentasse me proteger do mundo, como se quisesse me remendar peça por peça.
— Eu tô aqui, meu bem… A mamãe tá aqui… — re