73. Shopping
RICHARD
Saio do quarto, batendo a porta enquanto caminho rapidamente pelos corredores, abotoando minha camisa. Passo a mão pelo cabelo em frustração, sem me preocupar em abotoar completamente a camisa social.
Não sei que porra ela estava fazendo comigo, mas não era bom. Eu não conseguia nem me forçar a transar com ela. Toda vez que eu olhava nos olhos de cachorrinho dela, eu via alguém que merecia mais. Ela merecia amor, e eu não era quem poderia dar isso a ela.
Eu sabia que ela ficaria brava comigo, mas eu queria isso. Eu tinha que parar de dar a ela qualquer esperança de que algo aconteceria entre nós. Eu odiava admitir, mas ela já tinha um efeito sobre mim e eu tinha que me distrair antes que piorasse.
Eu bato a porta, o quarto estava escuro como sempre. Meus olhos pousaram em seu corpo patético ainda deitado no chão.
– Eu te dei tempo para decidir se você quer sua vida ou não, responda agora antes que eu atire uma bala por cada vez que você tocou nela. – Eu digo, virando um copo