A festa não seria de todo o seu estilo. Ela percebeu isso no momento em que saiu do carro no enorme parque de estacionamento do salão de eventos, viu os colegas a chegar e ouviu a música.
Tudo nela, apesar dos esforços da irmã com o seu vestido simples, estava fora do sítio.
Sentiu-se tentada a fugir, mas já lá estava. Combinou consigo mesma que ficaria exatamente duas horas, tomaria uma bebida, cumprimentaria o patrão e depois iria embora.
Não conseguia tirar da cabeça o último ultraje do ex-marido e o ambiente não a ajudava a sentir-se melhor.
Aproximou-se do bar, sem saber o que pedir, e disse ao empregado:
-Boa noite, um copo de vinho branco, por favor.
O homem olhou para ela de forma estranha, no meio das suas garrafas coloridas, mas serviu-lhe imediatamente o que ela tinha pedido.
Muriel lembrou-se que não tinha jantado, e não tinha muita fome, sentia o estômago fechado. Mas o vinho era suave e delicioso, por isso não se apercebeu até que ponto o tinha bebido todo. Ele percebeu