Uma mulher extraordinária...
Alexandre
Sentado ao lado da Jaqueline na mesa no jardim interno, meus olhos acompanhavam discretamente a interação do Edgar com a Jaqueline. Eu não sabia exatamente o que me incomodava. Edgar Nolasco, até onde sabia, era um homem respeitável, discreto e muito diferente do Andrei Varnier. Mas sempre fui um homem de instintos que raramente falharam.
Desde o primeiro contato, algo no olhar prolongado do Edgar para a Jaqueline me causava incômodo. Não era um olhar lascivo, tão pouco inadequado. Mas havia um peso, uma intensidade silenciosa que não se justificava. Muitas perguntas pessoais, uma curiosidade sutil, quase emocional. Comecei a juntar as peças. Aquilo podia ser mais do que simples simpatia.
Era como se Edgar guardasse algo profundo, uma memória de uma história não contada. Mantive o semblante impassível com a chegada do seu filho Gustavo. Havia arrogância em sua postura e um certo desprezo educado escondido atrás de modos impecáveis. Não gostei do seu tom. Mantive o olhar fixo