Memórias...

Jaqueline

Eu tentava manter o sorriso no rosto, mesmo sentido o coração apertado por dentro. Fagner servia mais doces quando Edgar se inclinou discretamente para o Alexandre:

– Posso “roubar” a Jaqueline por alguns minutos? Gostaria de lhe mostrar o meu orquidário.

– Fiquem à vontade.

– Gustavo, Júlio, façam companhia ao senhor Ridell, por favor.

Edgar me ofereceu o braço e eu aceitei, comentando com um sorriso tímido sobre a importante coleção de vasos que margeava o corredor:

– A casa já impressiona por si só, mas essas obras são lindas.

– Sou um apaixonado por arte, Jaqueline.

Passamos pela grande escadaria e chegamos a um jardim lateral, o mesmo onde o quarteto de cordas se apresentou no dia da festa. Havia várias orquídeas decorando o ambiente e bem ao fundo uma estufa de ferro pintada de branco, algo que havia passado batido no dia da festa.

– Esse jardim é realmente encantador.

– Quero te mostrar toda a estufa, Jaqueline.

Assim que abriu a porta, um leve cheiro de terra úmida
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