Um homem que me queira...
Estevão
O som ritmado do meu tênis contra o asfalto molhado ecoava pelo condomínio quase deserto. A chuva de sábado não me fez desistir de sair para correr pela manhã. Eu precisava liberar a tensão acumulada no meu corpo, e na mente. Desde o dia no estacionamento que beijei os lábios gostosos da Malu e explorei seu corpo com ousadia dentro do meu carro, eu não era mais o mesmo.
Estava inquieto.
A lembrança dela invadia meus pensamentos com uma frequência perturbadora. A forma segura como ela me abordava e o gosto viciante da boca dela. Era como se eu tivesse cruzado uma linha invisível e não soubesse como voltar. O pior é que eu não queria.
Tentei racionalizar dizendo que além de irmã do meu amigo era nova demais. Uma tentativa de abafar o desejo crescente. Ainda mais com o sumiço repentino dela. Percebi que se afastou como se tudo aquilo fosse apenas um jogo passageiro. Me sentia vazio.
“Aquele maldito conjunto vermelho!” Fechei os olhos por um instante enquanto corria. Uma mistura