Edgar

Recostei-me no banco da SUV, a paisagem passando veloz pela janela. A inquietação martelava dentro de mim, até que finalmente deixei escapar:

– E então, Júlio… o que você conseguiu sobre a mãe e a tia do Alexandre?

Ele soltou um riso leve, como quem já esperava a pergunta.

– Pai, o senhor está muito apressado. Balançou a cabeça divertido. – Eu já enviei alguns dados delas para o investigador, mas isso deve levar uns dois dias para ter algo mais sólido.

Ergueu o celular, mexeu rápido e acrescentou:

– Tenho aqui uma foto das duas. Quer ver?

Assenti de imediato, sentindo a curiosidade despertar ainda mais. Ele virou a tela na minha direção. Observei as imagens com atenção, e um sorriso discreto se formou nos meus lábios.

– Muito interessante… murmurei, deixando o pensamento escapar em voz baixa.

Meu filho se inclinou para olhar junto e comentou com um meio sorriso:

– São belas mulheres, cada uma com a sua beleza. A Helena tem um ar mais delicado… e, mesmo com a idade, continuam be