Não falo por falar...
Jaqueline
Continuei caminhando, sentindo o coração dividido entre o impulso de me aproximar ou a decisão de manter distância.
– Quer ir até lá? Alexandre me perguntou calma, mas atento às expressões no meu rosto.
Estevão e Malu pararam conosco, silenciosos, respeitando o momento. Eu queria ignorar, seguir em frente, mas a verdade escapou pelos meus lábios num sussurro:
– Eu poderia simplesmente passar direto… mas não consigo.
– Seja qual for sua decisão, eu vou te apoiar. Alexandre afirmou olhando nos meus olhos.
– Eu quero ir. Confessei, sentindo o coração disparar. – Você vai comigo?
– Claro que sim.
Atrás de nós, Estevão assentiu compreensivo.
– Nós vamos deixar vocês à vontade. Qualquer coisa, me chama no celular. Malu apoiou a mão no meu ombro antes de seguirem juntos para o chalé.
Segurei firme a mão do Alexandre e caminhamos sem silêncio até eles. Aproximei-me no instante em que ouvi o médico dizer:
– A pressão está alta, mas em pouco tempo o remédio sublingual deve fazer efei