Me promete...
Edgar
Mantive o olhar firme na foto das duas mulheres, encarando seus rostos.
– Excelente trabalho, Hélio. Agradeci, recostando-me na cadeira.
Ele fechou a pasta, levantou-se e despediu-se, antes de deixar a sala. Júlio quebrou o silêncio com uma risada curta:
– O Hélio sempre se supera. E então, pai? O que o senhor tem em mente?
Recostei-me na cadeira, com a fotografia entre os dedos.
– Em breve você saberá.
– Tudo bem, mas essa exposição de artes foi uma jogada certeira.
– Apenas cobrei alguns favores. Tudo com a devida discrição.
Júlio me encarou e eu já sabia o que iria perguntar:
– Quer que eu vá com o senhor?
– Dessa vez não será necessário. Será melhor que eu esteja sozinho.
Ficamos em silêncio e observei o semblante do meu filho, decidi perguntar:
– Já pensou em solicitar os serviços do Hélio para investigar por onde anda e como vive a Isadora?
Ele mexeu no relógio de pulso inquieto.
– Prefiro não saber. Já a magoei o suficiente, não tenho esse direito.
A preocupação me apertou