Alexandre
O bar exalava uma energia que mais parecia uma casa noturna vibrante. Não tinha nada de um simples estabelecimento. As luzes coloridas por todo o ambiente refletiam-se no rosto animado dos frequentadores. Quando eu e Pedro adentramos, a música pulsante nos envolveu, o clima festivo no ar tornava tudo muito interessante.
– Nossa! Estou surpreso com a grandeza desse lugar, não imaginava que fosse assim. Confessei para o Pedro.
– Eu te disse que seria incrível! Esse lugar é perfeito para uma noite de diversão. Ele sorriu para mim com um entusiasmo contagiante.
Subimos as escadas em direção a área VIP, onde fomos recebidos com sorrisos pelos garçons. A visão do alto era privilegiada. Nós observamos o local cheio de vida, várias mesas e pessoas se movimentando entre elas no ritmo da música. Os garçons se moviam de um lado para o outro, levando bebidas e petiscos no meio da multidão vibrante. Depois que nos acomodamos em uma mesa alta, logo nossas bebidas chegaram à mesa. Brindamos com animação. Meu olhar passeou pelo espaço à minha volta, o clima na área VIP era frenético. Abaixo de nós, a visão do palco era panorâmica. Uma pequena movimentação começava a se formar ao redor do pequeno palco, pois a noite do karaokê estava prestes a começar.
O DJ interrompeu a música, e a multidão começou a silenciar aguardando as apresentações. Meu amigo com um brilho nos olhos se levantou de uma vez da nossa mesa.
– Eu vou cantar! Pedro estava quase pulando de tanta empolgação.
– Pois eu em hipótese alguma me submeterei a isso! Soltei uma risada, movimentando a cabeça em negação.
– Ah! Que isso cara! Vamos nos divertir. Sorrimos um para o outro e o Pedro ao ver que eu realmente não iria me juntar à multidão, decidiu descer animado e destemido em meio aos outros. Comecei a observar com um sorriso no rosto, quando as primeiras músicas ecoaram pelo bar. As pessoas começaram a se apresentar, cada uma mais desafinada do que a outra, causando gargalhadas e gritos de apoio do público. Do alto eu gritava em forma de apoio quando meu amigo subiu no palco e começou a cantar. Um dos mais desafinados da noite, Pedro cantou “Evidências”, ele cantava e como se fosse um cantor profissional, chamava o público para cantar com ele. Sorri bastante com a cena, enquanto bebia a minha cerveja.
Em uma mesa próxima a minha, notei uma loira de vestido vermelho curto, com lindas pernas à mostra. Seu olhar para mim era de pura lascívia observando os músculos dos meus braços que estavam à mostra, devido a camiseta que eu vestia. Dei um sorriso safado e retribuí seus olhares. Daquele jogo eu entendia e sabia jogar muito bem, tendo em mente que se eu quisesse poderia terminar a noite muito bem acompanhado.
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Um tempo depois, Pedro subiu e se sentou ao meu lado. Estava super animado com a sua apresentação. Pedimos cervejas observando mais pessoas se aproximarem do palco. A animação era contagiante e a noite estava longe de acabar. Fiquei extasiado quando uma linda morena de corpo curvilíneo e olhos castanhos expressivos subiu ao palco. Seus cabelos longos cacheados brilhavam sob as luzes do bar. Suas coxas grossas estavam expostas em um vestido curto branco que abraçava suas curvas sensuais mas com uma certa elegância.
Ela sorria olhando ao seu redor enquanto eu observava seu rosto delicado. Nariz pequeno e arrebitado, lábios carnudos e convidativos. Me perdi na beleza daquela mulher, mas nada superou o momento que a música escolhida por ela começou a tocar. A morena deslumbrante segurava o microfone com confiança sua voz era melodiosa e envolvente. Ela cantava “Love On The Brain” de uma forma sensual. À medida que as notas aumentavam, a emoção transparecia em seu canto e eu me sentia hipnotizado.
– De onde saiu essa deusa? Que mulher é essa Alexandre? Além de gata, canta super bem! Assim como eu, Pedro também não conseguia tirar os olhos da mulher. Muitos homens ao redor do palco a olhavam de forma intensa como se estivessem sendo seduzidos pela voz e a beleza da morena.
Eu não consegui responder o meu amigo, apenas me via perdido naquela beleza. No brilho que ela emanava e na sua presença. Tudo parecia perfeito, e eu me perguntava como poderia me aproximar dela. Eu precisava me aproximar dela assim que a música terminasse. Desci as escadas apressado e me posicionei em frente ao palco. Os aplausos explodiram quando ela terminou, todos aplaudiram com entusiasmo, e ela devolvia um sorriso sincero. Eu sabia que aquela performance ficaria gravada em minha memória e talvez a noite me desse a oportunidade de conhecê-la melhor.
Meu olhar passeava por todo o seu corpo, enquanto a linda mulher descia do pequeno palco. Quando nossos olhares se cruzaram percebi nela uma certa timidez que me causou curiosidade. Era como se ela estivesse se sentindo perdida e sem saber como agir, mas seu olhar não foi alheio a mim, eu vi desejo e interesse, sei que ela gostou do que viu. Eu não hesitei e com passos decididos me aproximei dela como se estivesse sendo puxado por um imã. Agi rápido impedindo que outros homens que ali estavam se aproximasse dela antes de mim. Nos olhos dela eu vi interesse e curiosidade, era como se uma conversa silenciosa estivesse acontecendo entre nós.
– Oi, eu sou o Alexandre. Você cantou incrível lá em cima. Nunca ouvi nada igual. Meu tom era determinado, mas eu me sentia um pouco nervoso.
– Obrigada! Fiquei nervosa, mas foi muito divertido. Ela me respondeu com um sorriso.
– Você não me disse o seu nome? Gostaria de tomar uma bebida comigo? Eu adoraria saber mais sobre você. Fiz a proposta. Não tinha tempo a perder.
– Ah, sim! Me chamo Jaqueline. Ela olhou de um lado para o outro como se procurasse por alguém.
– E o convite para uma bebida?
– Claro, por que não?
A convidei para subir comigo para a área VIP. Meu amigo Pedro estava bastante entrosado com a mulher loira que me encarava mais cedo. Agradeci a Deus por isso, o que me permitiria desfrutar da presença da linda mulher sem interrupções.
– Você é cantora profissional, certo? Eu tinha curiosidade em saber.
– Não, nada disso. Apenas gosto de cantar de vez em quando. Jaqueline deu uma risadinha divertida com a minha suposição.
– Bem, sua voz faz jus a sua beleza. Percebi que ficou sem graça, mas não conseguia desviar seus olhos do meu rosto.
– Obrigada, mas sou só uma mulher do interior que veio para essa cidade estudar e trabalhar.
– E você gosta da cidade?
– Sim, é diferente do que eu estava acostumada. Mas é divertido… e caótico. Ela me respondeu com um sorriso tímido, que me encantava ainda mais.
– E você é daqui?
– Sim, sou engenheiro e trabalho em uma grande construtora. Me limitei a dizer apenas isso, eu não queria aprofundar em detalhes da minha vida.
À medida que nossa conversa foi fluindo e bebíamos vários drinks, decidi ser mais ousado.
– Que tal irmos para um lugar mais reservado? Podemos conversar melhor. O rosto de Jaqueline se iluminou de surpresa, mas logo vi uma sombra de surpresa.
– Nunca saí de forma casual com um homem. Confessou com o olhar fugindo por um instante.
– Minhas intenções são as melhores, prometo. Só quero conversar e conhecê-la melhor. Minha voz era suave mas persuasiva.
Ela hesitou com a ideia mas acabou concordando. Enquanto caminhamos para a saída, notei uma mulher ruiva e um rapaz acenando para a Jaqueline. Eu estava decidido a levar Jaqueline para a minha cobertura, algo que eu nunca havia feito antes, mas agora estava decidido a fazer com a bela morena ao meu lado. Me sentia ansioso como se fosse um adolescente prestes a viver seu primeiro encontro.
Quando adentramos a minha cobertura eu tive a certeza que aquela seria uma noite incrível. A partir daquele momento eu descobriria que seria impossível retirar a Jaqueline da minha mente.
Jaqueline O olhar intenso do homem atraente e enigmático, era sensual e intimidante ao mesmo tempo. Me senti tímida naquele momento e não resisti quando ele me convidou para sairmos dali. Quando subimos de elevador para a cobertura, fiquei estática enquanto aqueles olhos negros me avaliavam com intensidade. Adentramos o espaço que era deslumbrante, repleto de luxo e sofisticação. Fiquei parada no meio da sala, me sentindo um pouco tonta pela bebida, mas absorvendo cada detalhe, desde as obras de arte até a vista deslumbrante da cidade através das grandes janelas. O aroma do perfume envolvente do Alexandre me atingiu em cheio, quando senti o calor do seu corpo atrás do meu. Suas mãos fortes apertavam a minha cintura, despertando ainda mais o meu desejo. Ele me virou de frente para ele, sua postura era confiante e sedutora.– Acho que você não tem ideia, do quão bonita e irresistível você é. Senti a adrenalina percorrer minhas veias, quando Alexandre sem aviso, tomou os meus lábio
Jaqueline Meu final de semana foi uma montanha russa de emoções, eu não conseguia tirar da cabeça as lembranças da noite que passei com o Alexandre. Quando eu vivia no interior tive alguns namorados, mas nada sério. Vivi a minha primeira experiência com o Talles, um namorado da época em que estava terminando a faculdade. Namoramos por mais de um ano, mas depois da noite que eu tive com o Alexandre eu tive a certeza que o Samuel não tinha a mínima noção ou interesse em agradar uma mulher. Ele pensava apenas em seu próprio prazer. Já o Alexandre, esse sim sabe como proporcionar prazer a uma mulher. Renata e Caio foram à loucura quando eu contei sobre a minha noite. Eles sempre torceram para que eu curtisse e aproveitasse mais a vida. Na segunda-feira eu estava sozinha em casa, já que a Renata havia passado a noite no apartamento do Raúl, o seu ficante. Acordei bem cedo e tomei um banho para despertar. Busquei me arrumar com certa agilidade, eu não poderia chegar atrasada nessa ent
Jaqueline Ribeiro Mais um dia se passava e eu me encontrava sentada no sofá do apartamento da minha amiga Renata, com o olhar perdido na tela do meu celular. Eu me encontrava desempregada há alguns meses e a decisão de ter pedido demissão no meu último emprego, ainda pesava no meu coração. A incerteza sobre o futuro me deixava desanimada, mas não havia mais condições de me manter naquele lugar. Cada dia o clima se tornava mais insustentável, com os assédios constantes do meu antigo chefe. Ele era o genro do dono da empresa em que eu trabalhava e ocupava o cargo de diretor de operações. Fui designada para ser sua assistente, e à medida que o tempo se passava, compreendi o motivo da sua má fama. Um homem belo, porém prepotente e muito arrogante. Leonardo Duran se achava o dono do mundo, mas na verdade só ocupava o cargo graças ao seu casamento com a Juliana. Juliana algumas vezes o visitava na empresa acompanhada dos seus filhos, um lindo casal de gêmeos de aproximadamente 3 anos.
Alexandre Ridell Depois de muitas idas e vindas com várias assistentes que não dava em nada, decidi seguir o conselho do meu amigo e diretor financeiro, Estevão e eu mesmo iria entrevistar as candidatas para o cargo de minha assistente. Acionei o RH da empresa e abrimos um processo seletivo interno e externo. Eu precisava de alguém capacitado para ocupar o cargo da Magali que havia se aposentado. Ela trabalhou para o meu pai por longos anos quando a empresa não era nem sombra do que se tornou hoje. Sempre eficiente e muito discreta, a Magá, como todos gostavam de chamá-la, se tornou fundamental em minha rotina profissional. Me lembro quando me formei em engenharia civil e comecei a trabalhar na pequena empresa do meu velho, o tempo passou rápido e não deixou nada no lugar. A pequena construtora se tornou um conglomerado de empresas, onde atuamos no ramo da construção civil, incorporadora e imobiliária. Todos os dias quando adentro o grupo Ridell situado em um prédio de 20 andare