A minha Jaqueline...
Alexandre
Em mais um dia de trabalho, passei boa parte da manhã com a mente tomada pela infinidade de relatórios. Eu via a Jaqueline tentando se manter firme, mergulhada no trabalho, mas não saía da minha cabeça o peso que ela vinha carregando. Desde a descoberta sobre o Edgar, a vida dela se tornou uma pressão constante.
Eu não queria que ela se afundasse nesse turbilhão. Vi como ficou mexida ao encontrar Júlio César na fundação. Decidi levá-la para almoçar. Um almoço tranquilo num bom restaurante onde ela pudesse respirar e ser apenas… a minha Jaqueline.
Saí do meu escritório e segui até a mesa dela. A cena me fez parar por alguns segundos, observando. Ela estava inclinada, concentrada, separando uma pilha de papéis. Grampeava cada conjunto com precisão e os alinhava um sobre o outro de maneira quase impecável. Havia uma harmonia meticulosa em cada movimento dela, como se fosse uma coreografia.
Fiquei em silêncio, admirando não só sua beleza, mas também a dedicação quase apaixona