Ela engoliu em seco, sentindo o peso do silêncio se estender entre eles. Seus olhos se fixaram em sua bolsa, enquanto sua mente trabalhava para processar o que acabara de acontecer.
Lentamente, ela voltou seu olhar para ele e perguntou, com a voz trêmula:
— Isso é uma ameaça do seu tio?
Bruce rasgou o papel com um gesto brusco e suspirou pesadamente. Mary percebeu que ele parecia cansado e preocupado, como se já tivesse enfrentado situações semelhantes antes. Quando seus olhares se encontraram, ela viu que mais uma vez ele não estava surpreso.
— Receio que preciso levá-la em um lugar.
— Em qual lugar? — perguntou.
O homem encarou a mulher, e respondeu:
— Vai ter que confiar em mim, Mary.
Novamente ele pedia aquilo, e ela já começava a ficar tensa com sua insistência.
— Confiança se conquista. — Esclareceu.
Bruce diminuiu a distância entre eles, e seus rostos ficaram a centímetros um do outro, ela conseguia sentir seu hálito quente sobre sua face.
— Apenas me siga em silen