Pamela
O silêncio dentro do elevador era quase sufocante.
Caleb me observava com aquele olhar intenso, penetrante, enquanto eu tentava manter a compostura. Mas era impossível.
Meus dedos se apertavam contra a barra metálica do elevador, e eu sentia meu coração martelando dentro do peito.
— Então, Pamela… — A voz dele quebrou o silêncio, baixa e carregada de significado. — O que exatamente você ouviu sobre a minha esposa?
Engoli em seco e tentei parecer indiferente.
— Algumas coisas…
Ele arqueou uma sobrancelha.
— Algumas coisas?
Suspirei. Ele não ia deixar passar.
— Ouvi que ela é rica — respondi, evitando seus olhos. — Que é superficial. Esnobe…
Ele soltou uma risada seca.
— E você acha isso engraçado?
Neguei rapidamente.
— Não, claro que não!
Os olhos dele se estreitaram.
— Isso não é nada bom, Pamela.
O elevador parou no meio do caminho, alguém havia chamado, e as portas se abriram para um grupo de funcionários. Mas ninguém entrou.
Caleb apenas os encarou com aquele olhar de dono d