CALEB
Cheguei em casa exausto, mas minha cabeça não parava.
Era como se cada pensamento martelasse um novo problema.
Assim que entrei, o Gustavo já estava lá, sentado no sofá com o notebook aberto, cercado de papéis e uma expressão de quem passou o dia inteiro tentando entender um nó jurídico.
— Caleb — ele se levantou assim que me viu —, eu li tudo. Analisei os documentos, a tal da procuração, e olha... não é tão ruim quanto parece.
— Como assim? — perguntei, jogando o paletó no sofá.
— É simples de resolver. — ele disse, ajeitando os óculos. — Seu pai precisa revogar oficialmente a procuração. Assim que ele assinar o documento, o Damião perde todo e qualquer poder sobre a empresa.
Eu soltei o ar, tentando me acalmar.
— Então é isso? Só depende do meu pai?
— Sim. — ele respondeu. — Mas precisa ser feito pessoalmente. Ele tem que assinar e registrar a revogação.
— Tudo bem, eu cuido disso amanhã. — falei, sentando. — Amanhã mesmo.
Gustavo fez que sim com a cabeça.
— E depois disso, po