— E com vontade de comer peixe grelhado.
Pamela
O sol batia forte quando saímos da piscina. Meu cabelo ainda estava meio úmido, escorrendo pelas costas, e eu sentia aquela mistura de preguiça boa e fome absurda que sempre vinha depois de um banho de sol. Caleb esticou os braços, olhou pra mim e soltou um suspiro que mais parecia um ronronar de satisfação.
— Acho que tô virando gente de novo — ele disse, passando a mão nos cabelos molhados.
— Gente com fome, né? — brinquei, pegando a toalha pra enxugar o rosto. — Porque eu tô faminta.
— Então vamos sair pra almoçar — ele sugeriu, e eu quase pulei de alegria.
Fazia tempo que a gente não saía só pra aproveitar o dia. Sempre tinha hospital, reunião, crise, papelada, e eu sentia falta disso — de só ser a gente.
— Fechado. Mas eu quero comer fora, nada de pedir comida — falei firme. — Quero lugar bonito, com vista pro mar, e comida boa.
— Mandona — ele murmurou, rindo.
— Grávida — respondi, dando de ombros. — E com vontade de comer peixe grelhado.
Ele levantou as mãos num gesto de