Com os olhos úmidos da despedida, Joana observava pela janela do ônibus a paisagem da estrada que a levava para a capital, de onde pegaria um avião para longe de seu país e de tudo que conhecia.
Na rodoviária, sentiu um misto de tristeza e frustação. O segundo motivado pelo que via na face de seu pai, a decepção dele por, além de ser um fracasso em tudo que ele planejou para ela, ainda fugiria. Tristeza pelas lágrimas que enchiam os olhos de sua mãe. Dalila era a única feliz com sua partida e Joana sabia bem o motivo.
Suspirou apertando sua mochila contra o peito.
Não queria se mudar. Mas se ficasse, presumia que Carmem formaria uma fila de pretendentes, seu pai acabaria por se zangar quando rejeitasse todos e vislumbrava um futuro era escuridão, dor e mais humilhação.
Seguiria sua vida longe, formando um casulo para protegê-la da rejeição e suavizar sua dor. Também se manteria alheia ao casamento que deveria ser seu.
Com o curso em que se matriculou online, ficaria ocupada e talv