Irritada com a estridente música que ecoava pela sala, Carmem foi até a caixa de som que Adriano presenteou Dalila para acabar com aquela tortura que começava todas as manhãs, após a saída de Iago e só cessava pouco antes dele voltar.
Dalila parou sua dança e encarou a mãe com raiva.
— O que foi? Temos que ficar em constante luto porque Joana foi embora?
— Não use sua irmã como desculpa — retrucou cansada de Dalila sempre falar isso, mesmo após quase dois meses de seu noivado com Adriano. — Kassandra se queixou que você se levanta muito tarde e não faz nada o dia todo.
— Acha que me importa o que minha tia diz?
— Deveria se importar, afinal, ao ficar com Adriano ela passou a ser sua sogra — respondeu saindo da sala antes que começassem a brigar como sempre acontecia quando mencionavam o casamento.
Doía ter uma filha longe, sofrendo sozinha, enquanto Dalila cantava e dançava. Queria que ambas encontrassem a felicidade e orava fervorosamente para que algo tirasse Joana da prisão qu