Capítulo 07
Elena acordou com o bilhete anônimo ainda ecoando em sua mente, as palavras "Ele vive demais" gravadas como uma tatuagem invisível. O relógio marcava 5h07, o quarto escuro envolto no silêncio pesado da madrugada, quebrado apenas pelo gotejar intermitente da chuva contra a janela do beco. Ela ficou deitada por um momento, encarando o teto manchado de infiltração, o peso da noite sem sono pressionando os ombros como uma mão fria. O sonho da floresta escura voltara, os olhos cinza brilhando na névoa, mas dessa vez a voz não dissera seu nome – apenas repetira "vive demais" num sussurro que parecia atravessar o tempo. Levantou-se, o chão gelado sob os pés descalços enviando um arrepio que a acordou o suficiente para acender a luz fraca da cozinha.

O apartamento era um caos familiar – a pia cheia de pratos que ela ignorava há dias, o sofá de segunda mão com a mola solta cutucando o tecido, o cheiro de café velho pairando no ar. Pegou o bilhete da bolsa, desdobrando-o sobre a mesa bamba, e e
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