Encaro o computador á minha frente. O cursor pisca sem parar, esperando que eu comece a digitar. Mas nada sai.
Suspiro, me dando por vencido. Não sei fazer um trabalho tão bom quanto a ruiva. Valentina se ofereceu pra fazer o trabalho, mas eu com o meu super ego, garanti que dava conta de fazer tudo sozinho. Agora estou aqui, numa tarde de Domingo, sem conseguir digitar uma palavra, quase desistindo.
E é o que eu faço.
Levanto da cadeira giratória e vou até a casa ao lado. Toco a campainha, nervoso pela ansiedade de ver a ruivinha.
Não demora muito e a porta se abre, revelando uma Valentina de vestido de alcinhas florido. Ela sempre deixa uma mecha de cabelo fora do coque pra ficar enrolando o dedo, é uma mania que acredito que ela nem sabe que tem.
— Ah... oi, Heitor. — Ela diz num tom seco, como se estivesse incomodada com a minha presença.
— Oi... é que eu..