A viagem chegava ao fim. A caminho do aeroporto, Abigail observava o mar pela janela do carro, sentindo o vento morno entrar suavemente. Aqueles dias ao lado de Marcos e Luiza haviam sido melhores do que ela poderia imaginar. Pela primeira vez em muito tempo, sentiu-se verdadeiramente parte de algo. Riu, descansou, se permitiu esquecer os problemas e, mais importante, se permitiu confiar. O laço com Marcos se fortaleceu de forma natural, silenciosa e segura. Ela sabia agora, com a mesma certeza que sentia a areia sob os pés, que ele era seu pai em todos os sentidos que importavam.
Ao lado dela, Marcos sorria. Havia algo diferente em Abigail — uma leveza no olhar, uma firmeza nova nos gestos, ela parecia mais inteira. E, mesmo que não dissesse com palavras, ele sabia que ela o aceitara de vez. Seu coração se aquecia só de pensar nisso.
— Está tudo bem, filha?
— Está sim. Na verdade, está ótimo. — Ela sorriu de leve. — Acho que eu precisava dessa pausa.
— Às vezes é tudo o que a gente