capítulo 08
O Dia desponta novamente na fazenda Montserrat.O cantar do galo cortava o silêncio, e Brad, enrolado no lençol cor-de-rosa que trouxera de casa, gemia ao lado de Luna.
— Ai, minha cabeça… — resmungou, escondendo o rosto no travesseiro. — Esse tal de quentão devia vir com bula, menina.
Louise, sentada diante do espelho, passava o pente com raiva pelos cabelos molhados.
— Quem mandou se enturmar com aqueles roceiros?
— Roceiros? Amor, eram uns deuses suados de calça apertada! — Brad suspirou, teatral. — Até aquele bruto do Tião se me olhasse por mais três segundos, eu jurava que ia ser arrebatado pelo Espírito Santo.
Louise soltou um riso contido, mas o sorriso logo sumiu quando lembrou da cena da noite anterior — Henrique e Rosinha, o beijo, o olhar frio.
A expressão dela fechou.
— E o tal do Henrique? — perguntou Brad, observando-a de lado. — Aquilo sim é homem de tirar o fôlego. Aposto que você sonhou com ele.
— Sonhei é com a peste, Brad. — rebateu. — Aquele tip