Carlos não soube responder. Ele tinha uma sensação incômoda de que algo estava errado.
- Sílvio, as coisas não são assim, né?
- Então, como são?
Sílvio lançou um olhar frio, transbordando descontentamento, como se seu olhar gelado pudesse congelar instantaneamente o quarto.
Carlos, tentando falar, de repente perdeu o rumo do pensamento. Ele hesitou um pouco e se afastou ligeiramente de Sílvio antes de dizer:
- Eu só acho que o temperamento de Lívia não a faria se apaixonar tão rapidamente por outro, ela claramente gosta de você...
- Então por que ela insiste em se divorciar de mim? - Perguntou Sílvio. - Se ela me ama e gosta tanto de mim, ela não deveria querer ficar comigo vinte e quatro horas por dia?
Carlos ficou chocado com suas palavras. Ele jamais imaginaria que o poderoso presidente do Grupo Duarte teria esse desejo de estar com alguém o tempo todo.
Sílvio percebeu o que passava na mente de Carlos.
- Você não sente isso por Ana?
Carlos torceu a boca.
- Não.
Sílvio olhou rapidame