Capítulo 3

O sol estava raiando quando Corá foi acordada por sua tia aos gritos.

- Corá! Acorde, seu tio está preso no curral e não consigo soltá-lo.

- Calma tia!

- Não me mande ficar calma menina...

- Tudo bem, vamos lá que eu ajudo.

Quando as duas chegaram Hedar e Marion estavam tentando abrir a porta, mas sem sucesso. Corá chegou e olhou as duas com muita dó.

- Meninas, não adianta fazer força. Vou entrar e desengatar por dentro.

- Não! – Gritou seu tio. – O touro se soltou e fiquei trancado aqui com ele.

- Saia pelo telhado tio.

- Não consigo chegar até onde está aberto, e se entrar não conseguirá abrir a porta.

- Mas posso entreter ele para o Sr. destrancar a porta.

- Melhor. Solte-o!

- Não dá tio. Só se ele estiver amarrado, irá matar os bezerros.

- Querida, ou será um dos bezerros ou eu, não irei aguentar muito tempo aqui em cima.

- Me dá dois minutos tio. Deixa-me pensar...

As meninas e sua tia ficaram olhando Corá, que virou de costas e começou a sacudir os braços. De repente ela parou e virou de frente para a porta e fixou seus olhos nela.

- O  que foi querida?

- Já sei tia! Tio aguenta aí, só mais um pouquinho.

Saiu correndo, entrou no galpão e pegou uma enorme corda, fez um nó com um laço enorme e voltou. Subiu na porta do curral que dava para o pasto pelo lado de fora, pendurou a corda armando o laço na altura do peito do touro. Desceu, destrancou a porta, subiu novamente e abriu, largando o laço. O touro saiu correndo enganchando o laço em seu pescoço. Com o tranco que a corda deu o touro caiu. Ela conseguiu entrar e fechar a porta deixando o touro amarrado. Seu tio desceu e assim conseguiu abrir a porta de entrada. Ele saiu e abraçou suas filhas.

- Como isso aconteceu Thauní?

- Não faço ideia minha irmã. Parece que alguém o colocou aqui dentro de propósito.

- Nossa, tio, isso seria bem difícil, pois ele é muito bravo.

- Não sei Corá, ele estava preso do outro lado, e não... Deixa, agora temos que prendê-lo novamente. O que as duas fazem acordadas?

- Ouvimos os gritos da titia e viemos ver o que estava acontecendo. Desculpe papai.

- Tudo bem queridas. Vamos tomar o café da manhã e depois veremos como prender ele. Tome um banho Corá, ainda tem que se arrumar para ir para a escola.

- Sim tio.

- Vou arrumar o lanche das meninas antes do café.

- Espere Alexí. Entrem meninas e deixem um banheiro somente para Corá, ela precisa tomar um bom banho para não ir fedendo para a escola.

- O que houve irmão?

- Me trancaram lá, tenho certeza. Ainda bem que você me ouviu.

- Como? E quem teria coragem?

- Alguém que conhece muito bem nossa rotina e o touro.

- Não entendo! Por quê?

- Não faço ideia. Por isso temos que ficar atentos, chame o Brent. – Capataz da fazenda.

- Chamo, mas após o café.

Eles tomaram café e logo em seguida Alexí foi até o campo onde Brent estava pastoreando algumas ovelhas. Ele avistou-a e foi cavalgando até seu encontro.

- Sra., posso lhe ajudar?

- Sim, Thauní quer ver você?

- É sobre o fato de hoje de manhã? – Falou descendo do cavalo.

- Sim, é sobre isso mesmo.

- Você está linda!

- Agora não Brent, alguém pode nos ver.

- Não gosto desta privação.

- Sinto muito, mas temos que ser discretos.

- Eu sei, desculpe. Mas nossos tempos estão tão limitados.

- Irei tentar tirar algum tempinho para nós.

- Querida, desculpe. Irei vê-lo agora.

- O que acha que aconteceu?

- Não faço ideia, o touro estava preso do outro lado. Isso foi muito estranho. Parece coisa feita.

- Você também?

- O patrão também acha?

- Sim.

- Foi muito estranho.

Brent sentou e conversou com Thauní e combinaram de investigar o acontecido.

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