Kira
Eu senti as contrações mais rápidas conforme o tempo passava. A minha vontade era de ir ao hospital mais próximo mas essa não era vontade do meu filho. Então eu deitei ao chão do escritório, e por lá fiquei, respirando fraco, enquanto dizia a mim mesma que a dor era psicológica.
— Kira. Ao meu lado, senti Tyson tocar a minha mão esquerda, e a minha direita foi tocada por Ricardo.
— Respira fundo, e solta devagar. Que merda! Será que não dá para levá-la ao hospital?
Meu companheiro estava desesperado. Aparentemente ainda não tinha visto um parto de perto. Eu sentia o bebê esmagar a minha barriga causando uma série de empurrões como se quisesse liberar espaço. Minha barriga se movia como uma montanha, e isso deixava Tyson mais enlouquecido ainda.
— Não dá tempo. De todos os partos que presenciei, esse é o bebê que quer sair mais depressa. Busque alguns panos, materiais de higiene. Faça alguma coisa alfa!
Foi somente nesse momento que se acendeu algo dentro de Tyson. Ele apertou