Vitória sabia que aceitar um convite para ir ao apartamento de André significaria viver mais um momento maravilhoso com ele, aumentar sua paixão e esperanças irracionais, e depois passar pelo inevitável afastamento e sofrer sozinha e calada, enquanto ele se casasse com outra, que ele julgasse a mulher perfeita para ele, no final de seu programa de TV.
Ela sabia que não era bom para ela alimentar aquele sentimento, jogar aquele jogo cheio de regras que tornavam impossível a vitória, mas mesmo assim não conseguia evitar jogá-lo, não conseguia dizer “não” para qualquer pedido que viesse acompanhado do sorriso torto ou do olhar suplicante e intenso daquele homem.
Foi por isso que ela desceu nervosa, em frente a um prédio alto e chique situado no melhor bairro de L.A., do carro que ele tinha enviado para buscá-la em sua casa. E foi por isso que, guiada pelo porteiro do edifício até o elevador, subiu ansiosa, contando os andares, até ser recebida de portas abertas por um cachorro de pelos d