O lugar tinha cheiro de mofo. A umidade era tanta que Maeve podia sentir em seus lábios e, em algum lugar naquele cômodo, um gotejar lento soava. Ela abriu os olhos e se deparou com paredes de pedra e um chão de terra batida. Seus pulsos estavam presos por correntes ligadas a uma viga de madeira no teto, e os pés mal tocavam o chão. Ela estava dolorida por conta da posição, e sua intuição dizia que estava em alguma construção subterrânea abaixo do castelo.
Talvez o lugar fosse uma masmorra ou uma cripta no passado. As tochas presas às paredes, alimentadas por uma estranha chama azulada, iluminavam somente a área onde ela estava, mas o eco produzido pelo som da água gotejando sugeria que havia túneis ali. O lugar parecia ter sido escavado diretamente na pedra, aproveitando as cavernas naturais da região.
Por quanto tempo ela ficou desacordada?
O barulho de passos atravessou a escuridão, vindo em direção a ela. Uma a uma, tochas foram se acendendo, mostrando um longo corredor de pedra à