Era noite alta e um calor fora de época pairava no ar. Isso chamou a atenção de Maeve, pois ela lembrava do frio no dia anterior. Era inverno em Washington, mas as árvores estavam pesadas, cheias de folhas, e ela sentia o cheiro de grama molhada. Não fazia sentido. A Lua estava cheia e sua luz iluminava o caminho por entre a mata.
Maeve levou a mão ao peito, em um gesto automático, e segurou a pedra negra que pendia do seu colar. Estava apreensiva. Esperava alguém. Quem?
— Morgana.
Ela se virou, reconhecendo a voz que a chamava, embora aquele não fosse seu nome.
Orien se aproximou no escuro, o rosto encoberto pelo capuz de sua capa. As mãos dela tocaram o peito dele, e os braços do rapaz a envolveram. Ela conhecia seu cheiro, suas formas. Eles pertenciam um ao outro.
— Achei que você não viria — ela se ouviu dizer.
— Eu quase não consegui chegar. A propriedade está toda cercada por magia. Precisei usar o punhal que você me deu para cortar caminho em meio aos feitiços de proteção — ele