Dentro do carro, Marina voltou a perguntar:
— E para onde vamos agora?
— Para um motel.
— Motel? Por que não vamos para sua casa? Para que gastar com um motel quando temos a sua linda cama a nossa espera?
Ele voltou-se para ela, espantado:
— Você me surpreende! Achei que toda mulher gostaria de sair da rotina indo a um motel. Você já foi a algum motel?
— Não, mas já fiquei hospedada em hotéis com o pessoal do teatro.
— É bem diferente, você verá. E quem vai pagar sou eu, não precisa ficar com a consciência pesada por isso. Além do mais, em um motel você poderá ficar mais à vontade para gemer alto, e gritar o quanto quiser.
— Ah, que presunçoso...
A resposta dele foi apenas um sorriso de lobo.
O motel escolhido não era do tipo que ostentava um visual espalhafatoso, ao invés disso tinha uma fachada discreta e um letreiro luminoso de tom suave.
Quando chegaram ao quarto, Marcelo deixou Marina examinar à vontade toda a grande suíte de luxo, enquanto servia-lhes bebidas do frigobar. Estava