A sala estava abafada, o ar pesado, mas não apenas pelo calor. Andrew olhou para a pilha de papéis sobre a mesa, sem realmente ver os documentos ali. Sua mente estava longe, longe o suficiente para perceber, por um segundo, a sensação de vertigem tomando conta de seu corpo. Ele respirou fundo, tentando afastar a fraqueza que ameaçava dominar seu corpo, mas a dor era imensa. O câncer tinha se espalhado mais rápido do que os médicos haviam previsto. A quimioterapia, a radioterapia, tudo o que ele havia feito não foi suficiente. Ele ainda não havia aceitado, mas sabia que sua resistência estava chegando ao fim.
Nora entrou na sala, e seus olhos imediatamente se fixaram nele, como sempre faziam. Ela parecia apreensiva, como se sentisse que algo estava errado, mas ele estava determinado a esconder. Não queria que ela soubesse. Não agora, não enquanto ele ainda tivesse controle.
“Você está bem?” Ela perguntou com uma leveza forçada, como se tentasse quebrar a tensão no ar. “Você ficou quiet