Capítulo 17. Abrindo as portas do coração
Não sabia o que esperar do meu retorno para casa, mas Sofia me cumprimentou normalmente, sem demonstrar qualquer constrangimento. Entendi o recado, ela não iria fugir e continuaria no emprego, agindo como se nada tivesse acontecido e eu faria o mesmo.
O primeiro passo era uma ideia que vinha crescendo dentro de mim, especialmente depois de tudo o que tinha acontecido. Depois de ponderar bastante, decidi escutar o conselho da minha mãe e dar uma chance real a Beatriz. O primeiro passo foi marcar um encontro e deixar claro que era uma tentativa honesta de entender se poderia existir algo entre nós.
Porém, quando contei à minha irmã, Fernanda foi contra.
— Tem certeza de que é uma boa ideia alimentar as esperanças dela?
— É só um encontro — respondi. — Não quero alimentar esperanças, mas tentar de verdade. Deixarei as coisas claras para Beatriz. E eu sei que você nunca foi com a cara dela, mas temos muito em comum e isso pode ajudar.
— Não é que eu não fosse com a cara dela — retrucou