Capítulo 16. Segredos do passado
Eduardo pediu desculpas e fugiu, como sempre. A viagem de trabalho era só mais uma fuga. Por um lado, senti alívio, mas uma parte de mim — uma pequena e teimosa parte — não queria admitir que queria mais que um beijo. Queria que Eduardo ficasse e quisesse mais do que aquele beijo insano que aconteceu na cozinha.
Naquele momento quando percebi que estava sentada no colo do meu chefe, quase me entregando ali mesmo, caí em mim e saí correndo, com o coração disparado de uma maneira que jamais senti antes. Não foi um beijo doce e terno, mas algo visceral, intenso. A pegada de Eduardo era firme, precisa, decidida. Não sabia que um beijo poderia ser assim; achava que coisas assim só existiam nos filmes e nos livros.
Trancada no quarto, ainda me sentia quente, rendida, tentada a jogar tudo para o alto e me jogar na cama daquele homem. Precisei de um banho gelado para colocar as ideias no lugar e tentar assimilar a dimensão do que acabara de acontecer. Se quando o flagrei sem camisa não sabia