Capítulo 16
Terminaram o restante do percurso em silêncio. Ela observou cada detalhe do local. Sempre gostou da natureza, mas parece que está gostando mais do que achou ser possível.
Momentos depois, ouviu o barulho da água no meio da mata, e assim que a mata se abriu, avistou um riacho muito raso e de água tão límpida que dava para ver o fundo claramente.
- Ah, Ruan, aqui é lindo. Eu não vejo peixes.
- É só se aproximar e verá vários pequenos. Como são muito pequenos, eu costumo pescar bagres no riacho durante a noite com Aurélio e os demais - disse descendo do cavalo com ela.
- Esse peixe é gostoso?
- Uma delícia, não tem espinhas. Só no meio e nas laterais, o restante é cem por cento aproveitável.
- Vou querer experimentar.
- Hoje é sexta-feira. Os peões vão pescar esta noite, e amanhã pedirei para o Aurélio fazer. Geralmente ele está de folga com a Cleide no fim de semana, mas como preciso fazer uma colheita de urgência, amanhã teremos hora extra.
- Não é muito puxado para eles?
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