17

De manhã, depois de um banho rápido, subi até o quarto da Lívia.

A cena me pegou de surpresa: Alana estava deitada na cama, com minha filha enroscada nos braços dela, as duas dormindo profundamente.

A luz suave da manhã entrava pela janela, iluminando o quarto de um jeito quase calmo demais.

Aproximei-me devagar, ajeitei a coberta sobre as duas e toquei a testa de Lívia. Nada de febre.

Fiquei ali por alguns segundos, observando-as.

Não sei o que era pior: o nó no peito ao ver minha filha tão apegada à babá, ou o fato de eu achar aquilo… bonito.

Suspirei, saí do quarto e desci as escadas.

A presença de Alana aqui está ficando cada vez mais natural pra mim.

E isso — não é bom. Não deveria ser.

— Bom dia, Leonardo — Regina me cumprimentou quando entrei na cozinha.

— Bom dia.

— Foi ver a Lívia?

— Está dormindo. Sem febre.

— Que bom — ela sorriu, visivelmente aliviada.

Peguei um copo d’água, sentei-me no sofá e mandei uma mensagem para Amanda dizendo que ficaria em casa naquele dia.

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