De manhã, depois de um banho rápido, subi até o quarto da Lívia.
A cena me pegou de surpresa: Alana estava deitada na cama, com minha filha enroscada nos braços dela, as duas dormindo profundamente.
A luz suave da manhã entrava pela janela, iluminando o quarto de um jeito quase calmo demais.
Aproximei-me devagar, ajeitei a coberta sobre as duas e toquei a testa de Lívia. Nada de febre.
Fiquei ali por alguns segundos, observando-as.
Não sei o que era pior: o nó no peito ao ver minha filha tão apegada à babá, ou o fato de eu achar aquilo… bonito.
Suspirei, saí do quarto e desci as escadas.
A presença de Alana aqui está ficando cada vez mais natural pra mim.
E isso — não é bom. Não deveria ser.
— Bom dia, Leonardo — Regina me cumprimentou quando entrei na cozinha.
— Bom dia.
— Foi ver a Lívia?
— Está dormindo. Sem febre.
— Que bom — ela sorriu, visivelmente aliviada.
Peguei um copo d’água, sentei-me no sofá e mandei uma mensagem para Amanda dizendo que ficaria em casa naquele dia.