—Você acha? —sorrio sem ânimo. —Não me conhece mais. A Iara que era boba e apaixonada não está mais aqui. Acorda Joaquim. Que merda é essa de vir atrás de mim. Como me encontrou?
—Eu... Queria muito te ver.
—Você é um idiota.
—Te abraçar. Iara... Eu sinto muito a sua falta.
—Mas eu não sinto a sua. Agora eu que te peço, olhe nos meus olhos, bem no fundo deles. —encara-me de um jeito profundo. —Veja se há algum resquício de amor ao fundo. —pendo a cabeça. —Não há.
Dessa vez consigo passar por ele. Caminho a passos pesados em direção ao meu quarto. Abro com toda a força a porta, e seguro-me para não bater forte afim de não acordar Bibi.
—Grr! —solto um grunhido de dentro da garganta. —Cacete! —bato ao colchão, pego uma boa quantidade de lençol e jogo longe bagunçando tudo. —Porque você tinha que aparecer agora, porque?
Ponho a mão a cabeça, meus dedos entram aos fios loiros. Respiro irregular, em sopros leves, solto ar em formas curtas.
Não sei se em forma protetor, ou não, minhas mãos