-Claro que é.
Encontramos o elevador do subsolo, velho e bem gasto, mas graça a Deus funciona e nos levará em direção ao meu apartamento.
-Isso funciona?
-Sim, vamos para o quinto andar. Aqui não tem escadas. Ou é isso ou teremos que ficar sentindo esse odor de mofo.
Digo arqueando uma sobrancelha, impondo meu jeito autorário e mandão.
Ele bufa e concorda.
-O que foi? Tem medo de lugares abafados?
Nega veemente.
-Sou militar, não tenho medo de nada. Fico por você que parece ser uma mulher fresca, bem criada e mimada, me surpreende não sentir medo.
Suas palavras sinceras me ferem de um jeito diferente. Em todos esses anos eu já ouvi tanta coisa, mas nunca alguém que falasse com tanta sinceridade.
-Você não me conhece. Afirmo negando com cabeça. -Não fale o que não sabe.
Entro no elevador e ele vem ao meu lado. Fecha a porta e sem querer apertamos o andar juntos. Merda de arrepio que sinto sempre quando o toco.
Fico escorada em meu canto um tanto chateada. Todos me julgam por eu ser loi